Hidreto de Hélio

Cientistas Recriam Hidreto de Hélio, Revelando Segredos da Formação das Primeiras Estrelas

Cosmologia

Já se perguntou como as primeiras estrelas surgiram após o Big Bang? Essa é uma questão que tem intrigado os cientistas há eras. Agora, pesquisadores do Instituto Max Planck lançaram uma nova luz sobre o assunto, recriando o hidreto de hélio, a primeira molécula do universo, em um laboratório.

O que eles descobriram é bem legal. Acontece que o hidreto de hélio provavelmente desempenhou um papel muito maior no nascimento das estrelas do que se pensava antes. Veja bem, ajudou as nuvens de gás primordiais a esfriarem e entrarem em colapso, levando eventualmente à formação dessas primeiras estrelas.

Em um experimento inovador, a equipe recriou colisões entre hidreto de hélio e deutério em condições semelhantes às do espaço. Ao contrário do que as teorias anteriores previam, eles descobriram que a taxa de reação permaneceu constante mesmo com a queda da temperatura. Holger Kreckel, pesquisador do Max Planck, enfatizou que essas reações parecem ter sido muito mais importantes para a química no início do universo do que se supunha anteriormente.

Agora, como o hidreto de hélio realmente ajuda na formação de estrelas? Bem, ele participa de reações que produzem hidrogênio molecular. Esse hidrogênio molecular atua como um refrigerante, ajudando as nebulosas a perderem calor e se condensarem. Pense assim: imagine um balão de ar quente. Se você deixar o ar quente sair, o balão começa a descer. Da mesma forma, o hidrogênio molecular ajuda essas nuvens de gás a esfriarem e entrarem em colapso, levando, em última análise, ao nascimento de estrelas. Os pesquisadores usaram o Anel de Armazenamento Criogênico para simular condições semelhantes às do espaço, e isso permitiu que eles estudassem essas reações. Ao ajustar as velocidades dos feixes de partículas, eles foram capazes de observar como a taxa de colisão variava com a energia de colisão, que está diretamente relacionada à temperatura.

O fato de a taxa de reação ter permanecido constante mesmo em baixas temperaturas foi bastante surpreendente. Isso sugere que o hidreto de hélio permanece quimicamente ativo mesmo em condições frias. Essa descoberta pode exigir que repensemos nossa compreensão da química do hélio no início do universo e enfatiza a necessidade de investigação contínua dos processos químicos que moldaram o cosmos. É incrível pensar que uma molécula tão pequena poderia ter tido um impacto tão profundo na formação do universo como o conhecemos!

Fonte: Gizmodo