Recuperação JunoCam

NASA Resgata JunoCam: A História de Sobrevivência de uma Câmera em Júpiter

Tecnologia Espacial

Sabe, missões espaciais sempre vêm com seus próprios desafios, e a missão Juno da NASA a Júpiter não é exceção. Lançada em 2011, Juno tem enfrentado alguns dos campos de radiação mais intensos do nosso sistema solar para estudar as origens do planeta gigante. Mas recentemente, a JunoCam, que é basicamente o olho de Juno, começou a apresentar problemas por causa de toda essa radiação. É como quando seu celular começa a falhar depois de muito tempo de uso – só que este celular está orbitando Júpiter!

A JunoCam, uma câmera de luz visível, começou a mostrar sinais de danos por radiação em dezembro de 2023. Imagine ser um membro da equipe na Terra, a centenas de milhões de quilômetros de distância, percebendo que sua câmera está começando a falhar justamente quando você está prestes a fotografar Io, uma das luas fascinantes de Júpiter. Que pressão! A equipe sabia que tinha que encontrar uma solução rapidamente.

Então, o que eles fizeram? Eles tentaram algo chamado annealing (recozimento). É um processo de aquecer a câmera para reduzir os defeitos da radiação e depois resfriá-la lentamente. Pense nisso como dar à câmera um dia de spa para ajudá-la a se recuperar! Como Jacob Schaffner, um engenheiro de imagens da JunoCam, mencionou, eles não tinham certeza se funcionaria, mas tinham que tentar. Eles aqueceram a câmera a 25 graus Celsius (77 graus Fahrenheit), o que é muito mais quente do que o normal, e torceram pelo melhor.

E adivinhe? Funcionou! Por um tempo, pelo menos. A câmera conseguiu capturar fotos nítidas por várias órbitas. No entanto, a radiação de Júpiter é implacável. O dano voltou, e as imagens começaram a mostrar listras e ruído. A equipe tentou diferentes técnicas de processamento de imagem, mas nada parecia resolver o problema. Com o encontro de Io se aproximando rapidamente, era hora de uma "Ave Maria" – uma última tentativa desesperada.

A Tentativa da "Ave Maria"

Eles decidiram aumentar o aquecedor da JunoCam ao máximo, na esperança de que um processo de recozimento ainda mais extremo resolvesse o problema. No início, não parecia fazer diferença. Mas então, faltando apenas alguns dias para o encontro de Io, as imagens de repente melhoraram significativamente! Isso permitiu que a JunoCam capturasse com sucesso fotografias detalhadas da região polar norte de Io, incluindo vulcões não documentados anteriormente, em 30 de dezembro de 2023. Que legal, né?

Mesmo que a corrupção da imagem tenha retornado durante a 74ª órbita de Juno, a missão tem sido incrivelmente valiosa. Como Scott Bolton, o investigador principal de Juno, apontou, Juno está nos ensinando como construir espaçonaves que podem resistir à radiação. As lições aprendidas aqui podem ser aplicadas a satélites orbitando a Terra, beneficiando tanto aplicações de defesa quanto comerciais, bem como outras missões da NASA. É incrível pensar que uma câmera orbitando Júpiter está nos ajudando a melhorar a tecnologia aqui na Terra.

Fonte: Gizmodo