
Papa Leão XIV e a IA
A Igreja Católica, não tipicamente associada à vanguarda tecnológica, encontra-se a lidar com as implicações da inteligência artificial sob o papado de Leão XIV. A sua escolha do nome Leão, a ecoar o Papa Leão XIII e seu trabalho na justiça social durante a primeira revolução industrial, sinaliza uma abordagem proativa aos desafios colocados pela IA. O Papa Leão XIV, no seu primeiro discurso aos cardeais, destacou o profundo impacto da IA na humanidade, enfatizando a necessidade de conciliar os avanços tecnológicos com os ensinamentos sociais da Igreja.
Um Legado de Justiça Social
Este foco nas implicações sociais da IA reflete as preocupações do seu antecessor, o Papa Francisco. O Papa Francisco alertou repetidamente contra o desenvolvimento não ético da IA, enfatizando a necessidade de um design e implementação centrados no ser humano. Ele considerou a IA como um potencial catalisador para maior injustiça e uma ferramenta transformadora capaz de um impacto positivo significativo, destacando em particular o perigo de aumento da desigualdade entre nações e classes sociais. Suas declarações na Cimeira do G7 e no Fórum Econômico Mundial sublinharam esta relação complexa.
Com base neste legado, o Papa Leão XIV enquadrou o atual desenvolvimento da IA como uma "nova revolução industrial", exigindo um compromisso renovado com a salvaguarda da dignidade humana, da justiça e dos direitos laborais face às rápidas mudanças tecnológicas. Suas declarações refletem uma crescente consciência na Igreja das responsabilidades éticas e sociais inerentes ao desenvolvimento e implementação da IA. Esta abordagem proativa reconhece o potencial transformador da IA, enfatizando a necessidade crucial de governança responsável e estruturas éticas.
Fonte: Gizmodo